No momento em que foi atingido, Carlos Henrique estava na praça organizando como seria feita a venda de bebidas na festa e terminando de pendurar as bandeirolas que enfeitariam a praça, segundo sua filha, Carina Olímpio, de 29 anos.
— Eu estava em casa quando tudo aconteceu. Mas, pelo que me contaram, não deu para saber nem de onde veio o tiro, se foram os policiais ou se foram os bandidos. Gostaríamos de respostas dos dois lados, queremos justiça — disse Carina.
A vítima foi levada ainda com vida para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, mas não resistiu ao ferimento. Em protesto contra a morte, dois ônibus foram incendiados na Rua Itapiru, no bairro do Catumbi, próximo à favela.
Na internet, vários participantes da organização da festa junina lamentaram a morte de Carlos Henrique. “Pra mim, caipira acabou, não danço mais”, relata um morador numa postagem. Amigos da família contam que a vítima era conhecido na comunidade como "Mestre Cabeça", por sua atuação em quadrilhas de festas caipiras.
— Ele é muito conhecido na região. Ele sempre organizou a festa tirando dinheiro do próprio bolso. Ele amava muito o que fazia e contagiava a todos com sua alegria. Era uma pessoa muito querida entre todos na comunidade — conta o amigo da família Válber Luís Rosa dos Santos, de 35 anos.
Em nota, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) alegou que policiais da UPP São Carlos foram atacados por traficantes na localidade conhecida como Chuveirinho. Segundo o comando da unidade, “não houve revide por parte dos policiais”.
Da Redação com Extra
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