Eletricista organizava festa caipira quando foi atingido por bala perdida no São Carlos
Festa junina foi cancelada por morte de Carlos Henrique Foto: Reprodução
O
eletricista Carlos Henrique Olímpio, de 59 anos, trabalhava na
organização de uma festa caipira no Morro de São Carlos, entre os
bairros do Estácio e do Rio Comprido, na Zona Norte do Rio, quando foi
atingido por uma bala perdida na virilha, na manhã desta sexta-feira. A
festa era organizada por Carlos Henrique há mais de 20 anos e
aconteceria neste sábado na Praça Doutor Roberto, dentro da comunidade,
mas foi cancelada pela família da vítima.
No momento em que foi
atingido, Carlos Henrique estava na praça organizando como seria feita a
venda de bebidas na festa e terminando de pendurar as bandeirolas que
enfeitariam a praça, segundo sua filha, Carina Olímpio, de 29 anos.
—
Eu estava em casa quando tudo aconteceu. Mas, pelo que me contaram, não
deu para saber nem de onde veio o tiro, se foram os policiais ou se
foram os bandidos. Gostaríamos de respostas dos dois lados, queremos
justiça — disse Carina.
Carlos era conhecido por organizar festas juninas Foto: Reprodução A
vítima foi levada ainda com vida para o Hospital Central da Polícia
Militar (HCPM), no Estácio, mas não resistiu ao ferimento. Em protesto
contra a morte, dois ônibus foram incendiados na Rua Itapiru, no bairro
do Catumbi, próximo à favela.
Na internet, vários participantes da
organização da festa junina lamentaram a morte de Carlos Henrique. “Pra
mim, caipira acabou, não danço mais”, relata um morador numa postagem.
Amigos da família contam que a vítima era conhecido na comunidade como
"Mestre Cabeça", por sua atuação em quadrilhas de festas caipiras.
Carlos Eduardo era muito querido na favela Foto: Reprodução — Ele é muito conhecido na região. Ele
sempre organizou a festa tirando dinheiro do próprio bolso. Ele amava
muito o que fazia e contagiava a todos com sua alegria. Era uma pessoa
muito querida entre todos na comunidade — conta o amigo da família
Válber Luís Rosa dos Santos, de 35 anos.
Em nota, a Coordenadoria
de Polícia Pacificadora (CPP) alegou que policiais da UPP São Carlos
foram atacados por traficantes na localidade conhecida como Chuveirinho.
Segundo o comando da unidade, “não houve revide por parte dos
policiais”.
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