sábado

Ser Repórter é…


Como já sabem, meu mundo é o jornalismo. Cada vez mais apaixonado, cada vez mais convicto e cada vez mais certo da profissão que escolhi. O mágico de ser repórter é poder vivenciar inúmeras situações e fazer parte da história, não apenas como espectador. Tenho a oportunidade de presenciar acontecimentos, pesquisar e levar a informação às pessoas. E para você entender um pouco desse mundo, compartilho trechos de um texto do jornalista Boanerges Lopes.
“Ser repórter é…
Saber que a reportagem como atividade não existiu ou foi irrelevante em 200 dos 400 anos da história da Imprensa;
Como diz o Zuenir: “Que os outros não me queiram mal, ou não me atirem pedras, mas se todos desaparecessem e só ficasse o repórter, o jornalismo continuaria vivo”;
Se desculpar ao Vinícius, aos editores e redatores, junto com o Clóvis Rossi, mas não deixar de dizer que repórter é fundamental: Certamente a única função pela qual vale a pena ser jornalista;
Poder testemunhar a história de todos os tempos e de cada tempo em si;
Algo paradoxal, pois é ao mesmo tempo a mais fácil e a mais difícil maneira de viver a vida;
Muito mais transpiração do que inspiração;
Entender que suas funções variam diante das situações históricas, econômicas, sociais e políticas;
Compreender que a reportagem é sempre uma ação transitiva e que como sujeito é preciso ao profissional manter contato imediato com todos os sentidos: o olhar, paladar, olfato, tato e a audição de quem não pode ver, gostar, cheirar, tocar e ouvir o acontecimento;
Não ser “repórter”, que segundo Licínio Neto é aquele sujeito pouco criativo que imita estilos de outros;
Ter persistência, curiosidade, tenacidade e interesse pelo que faz – e uma baita aptidão para se envolver com pessoas de todos os níveis e fatos os mais diversos possíveis – de crimes hediondos aos buracos de ruas;
Saber que perguntar não é uma tarefa fácil. E que se a pergunta não for bem formulada pode ofender;
Ser capaz de organizar dados num tempo reduzido e apresentá-los para que o maior número de pessoas possa entendê-los;
Posicionar-se contrariamente aos macaquinhos chineses: ver, ouvir e contar – com enorme competência;
Segundo Audálio Dantas: “Ter uma certa dose de megalomania, na medida suficiente para acreditar na sua capacidade de mudar o mundo”;
Segundo Clóvis Rossi: “Batalhar pela conquista das mentes e corações de seus alvos, leitores, telespectadores ou ouvintes para a causa da justiça social, ingrediente que jamais pode ser dissociado da democracia”;
Apurar e redigir com correção, veracidade, exatidão e credibilidade;
Observar o conselho de Heródoto Barbeiro: “Ser criterioso com as matérias técnicas, pois o excesso de dados pode confundir o ouvinte ou telespectador que não vai ter chance de ouvir a reportagem novamente”;
Não tratar com humor e humilhação o sofrimento das pessoas;
Não julgar os entrevistados nem querer mudar comportamentos;
Batalhar sempre pela verdade, embora muitas vezes não se saiba o que ela é nem onde está;
Participar, se organizar, reivindicar. Bradar sempre: Repórteres, Uni-vos!”

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